Análise do adversário: reencontro com velhos conhecidos

Sob o comando de Peter Bosz, o PSV Eindhoven conquistou o bicampeonato holandês nas últimas duas temporadas. O ex-treinador do Bayer 04 volta agora à BayArena com sua equipe nesta quarta-feira, 1º de outubro, às 16h (horário de Brasília, com transmissão ao vivo no DAZN e na Werkself-Radio), pela 2ª rodada da fase de grupos da UEFA Champions League. Além de Bosz, o duelo também marca o reencontro com o goleiro Matej Kovar e outros rostos conhecidos da Bundesliga. A análise do adversário.
Matej Kovar für PSV Eindhoven

POSIÇÃO

O primeiro título da temporada já foi conquistado pelo PSV Eindhoven. No início de agosto, o atual campeão holandês venceu o Go Ahead Eagles por 2 a 1 e levantou a Johan Cruijff Schaal, a Supercopa da Holanda. Após a conquista, o técnico Peter Bosz declarou: “Nunca se acostuma a ganhar títulos. Estou extremamente feliz.” Foi o quarto troféu dele desde que assumiu a equipe em julho de 2023, sucedendo Ruud van Nistelrooy: já são dois campeonatos nacionais e duas Supercopas. A campanha de 2023/24 foi histórica: o PSV somou 91 pontos na Eredivisie, perdeu apenas uma vez, marcou 111 gols e sofreu só 21, números que lembram o Ajax de 1971/72. Um feito especial do treinador de 61 anos foi a arrancada final da última temporada: nas últimas cinco rodadas, sua equipe tirou uma desvantagem de nove pontos para o Ajax e conquistou o bicampeonato com um ponto de vantagem.

No Bayer 04, entre 2019 e 2021, Bosz não conseguiu conquistar títulos, mas levou o Werkself uma vez à Liga dos Campeões e outra à Liga Europa. Agora, retorna à BayArena sob pressão com o PSV, já que a estreia na fase de grupos da Champions League não foi positiva: derrota em casa por 3 a 1 para o Union Saint-Gilloise, com o único gol marcado por Ruben van Bommel aos 45 do segundo tempo.

No campeonato holandês, o início foi melhor: três vitórias seguidas antes de uma inesperada derrota por 2 a 0 para o recém-promovido Telstar Velsen. Há pouco mais de uma semana, empatou em 2 a 2 com o Ajax no clássico, sofrendo o gol de empate já nos minutos finais. No último fim de semana, a equipe fez o “ensaio geral” para o duelo com o Bayer 04 com vitória por 2 a 1 sobre o Excelsior Rotterdam, 14º colocado da tabela. Joey Veerman e Ismael Saibari marcaram os gols da vitória que mantém o PSV na vice-liderança da Eredivisie, três pontos atrás do líder Feyenoord.

Peter Bosz für PSV Eindhoven

ELENCO

Assim como o treinador Peter Bosz, sete jogadores do PSV trazem experiência de Bundesliga. Para o Bayer 04, o duelo desta quarta-feira também marca reencontros: além de Bosz, o goleiro Matej Kovar retorna à BayArena. O tcheco de 25 anos vestiu a camisa do Werkself por duas temporadas antes de se transferir para Eindhoven, onde chegou para substituir Walter Benitez (hoje no Crystal Palace) e assumiu a titularidade, presente em todas as partidas oficiais até aqui.

No setor ofensivo, o clube sofreu perdas importantes. Saíram o capitão Luuk de Jong (FC Porto), Noa Lang (Napoli), Johan Bakayoko (RB Leipzig) e Malik Tillman, este último agora jogador do Bayer 04 e prestes a reencontrar os ex-companheiros. Na temporada passada, Tillman marcou 12 gols, ficando atrás apenas de De Jong (14). Lang (11) e Bakayoko (9) também foram fundamentais no título. Juntos, os quatro somaram 46 gols, um desafio enorme para Bosz repor.

As esperanças recaíam sobre dois reforços: Alassane Plea, após sete anos no Borussia Mönchengladbach, e Ruben van Bommel, vindo do AZ Alkmaar. O jovem de 21 anos, filho do ex-jogador do Bayern Mark van Bommel, começou muito bem, com quatro gols em diferentes competições, mas sofreu uma grave lesão no ligamento cruzado contra o Ajax e pode ficar fora de toda a temporada. Plea também se machucou logo no 2º jogo da Eredivisie e será desfalque por longo período.

Diante disso, aumentou a responsabilidade sobre nomes como Ricardo Pepi (ex-Augsburg) e Ivan Perisic. Aos 36 anos, o croata segue decisivo: na temporada passada somou 27 participações em gols (16 tentos e 11 assistências) em três competições. Outra grande aposta é Paul Wanner, de 19 anos, que jogou emprestado pelo Bayern de Munique ao Heidenheim em 2023/24 e assinou contrato até 2030 com o PSV. Na defesa, quem chegou foi Kiliann Sildillia, após cinco anos no Freiburg, em busca de um novo desafio na Eredivisie.

PROBLEMAS

No início de 2025, o PSV atravessou um período complicado. Entre janeiro e março, venceu apenas uma vez em sete jogos da Eredivisie e sofreu 16 gols. O ponto mais baixo veio nas oitavas de final da Champions League, com a histórica derrota por 7 a 1 em casa para o Arsenal, a pior da história do clube em Eindhoven. Depois, a equipe reagiu, arrancou um empate em Londres e embalou uma recuperação espetacular na liga nacional, mas a defesa nunca voltou a ter a solidez da primeira temporada sob Bosz. O estilo de marcação alta expôs a equipe a contra-ataques, e as bolas paradas também viraram ponto frágil. Na atual temporada, Matej Kovar já sofreu 15 gols em nove jogos oficiais, ficando apenas uma vez sem ser vazado. Além disso, o setor ofensivo ainda sente a ausência dos lesionados Van Bommel e Plea.

PONTO FORTE

O PSV pratica o típico futebol ofensivo de Peter Bosz: pressão alta, transições rápidas, intensidade e muitos sprints. É um estilo exigente, mas que costuma proporcionar espetáculo. Como o próprio treinador disse ainda nos tempos de Bayer 04: “Nosso objetivo é sempre vencer, isso é claro. Mas também queremos que os torcedores voltem para casa encantados, depois de viver 90 minutos de efeito UAU.” Esse DNA ofensivo segue vivo em Eindhoven. No primeiro título com Bosz, foram 111 gols em 34 jogos da Eredivisie. Na última temporada, a equipe balançou as redes 103 vezes. Já em 2025/26, o time soma 21 gols em apenas sete partidas, dividindo a melhor marca ofensiva do campeonato holandês.

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