Exequiel Palacios: Trabalhador incansável e talento nato do futebol

Há quase seis anos o argentino veste a camisa do Werkself. Nesse período, Exequiel Palacios deixou sua marca no estilo de jogo do clube. Como um guerreiro em campo, dono de uma técnica refinada e de uma personalidade cativante, ele já conquistou de vez o coração da torcida. Um retrato de sua trajetória até aqui.
Porträt Pala

Ele não é um homem de muitas palavras, não busca os holofotes fora de campo e tampouco deixa que as conquistas subam à cabeça. Exequiel Palacios é uma pessoa de pés no chão, e nem mesmo uma coleção de títulos mudará isso. Conquistas importantes não lhe faltam, com a seleção argentina e também com o Bayer 04. Cristão convicto, valoriza princípios como humildade e solidariedade. Por isso, “Pala”, que completa 27 anos neste domingo, é admirado no clube não apenas como jogador de excelência, mas também como ser humano. A renovação antecipada do contrato até 30 de junho de 2030 é, neste momento, um sinal claro de respeito e confiança mútuos. Embora esteja afastado devido a uma lesão nos adutores, não há dúvidas de que, em breve, voltará a ser peça fundamental em mais uma temporada promissora.

VENCEDOR DE MENTALIDADE FORTE

Há quase seis anos Palacios veste a camisa do Werkself. Muito antes da renovação, já havia se consolidado como líder e peça-chave do time. Quando trocou o River Plate por Leverkusen, em janeiro de 2020, Palacios chegava com credenciais de vencedor: conquistara a Copa Libertadores em 2018 e, no verão de 2019, a Recopa Sul-Americana, campeonatos equivalentes, respectivamente, à Liga dos Campeões e à Liga Europa da UEFA. Com apenas 20 anos, já era visto como um atleta de mentalidade vencedora, perfil que se encaixava perfeitamente no Bayer 04. Combativo nos duelos, veloz na tomada de decisão, dono de passes precisos e de uma leitura de jogo refinada, Pala mostrou desde cedo ser o homem ideal para comandar o meio-campo, um estrategista, o volante que qualquer treinador deseja ter.

NO TOPO COM A ARGENTINA

A adaptação ao futebol europeu exigiu tempo, algo natural para um jovem em um novo continente. Mas a partir da segunda temporada completa em Leverkusen, Palacios se firmou como titular absoluto. Guerreiro incansável e técnico de altíssimo nível, só foi freado por algumas lesões pontuais. O sucesso, no entanto, não parou por aí. Em 2021, levantou a Copa América com a Argentina, derrotando o Brasil na final disputada no Maracanã. Um ano e meio depois, viveu o auge da carreira: em dezembro de 2022, no Catar, sagrou-se campeão mundial com Messi e companhia. Tornou-se, assim, apenas o segundo jogador da história do Bayer 04 a conquistar o maior título do futebol enquanto atleta do clube - feito alcançado antes apenas pelo brasileiro Lúcio, em 2002. E mostrou maturidade ao retornar a Leverkusen: “Agora começa a parte mais difícil, depois de conquistar o maior objetivo que um jogador de futebol pode sonhar.”

Mit dem Pokal

ARMADOR E FINALIZADOR

Com a Argentina, ele já havia alcançado o topo do mundo. Faltava, então, escrever sua própria história de conquistas também com o Werkself. Sob o comando de Xabi Alonso, Palacios deu mais um salto em sua evolução. Já em 2022/23, o argentino era um dos pilares da equipe. Na temporada seguinte, transformou-se em um dos motores do time que conquistou a dobradinha histórica. Rumo ao primeiro título da Bundesliga e ao segundo triunfo na Copa da Alemanha, Pala teve papel de destaque no meio-campo: marcou seis gols e deu quatro assistências nas duas competições. A mágica temporada ainda levou o Bayer 04 à final da UEFA Europa League. Mas, para ele, nada supera o campeonato nacional. “Estou imensamente feliz por fazer parte da história deste clube”, afirma Pala. “Esse título ficará para sempre, por toda a vida.”

Meister

“TRABALHAR DURO, MANTER A HUMILDADE”

E esse, certamente, não será o último título com o Bayer 04. Exequiel Palacios seguirá sendo, nos próximos anos, uma das peças fundamentais do novo Werkself. Ele gosta de assumir responsabilidades, mas não pretende adotar um papel mais “barulhento” dentro do grupo. Simplesmente porque não é um homem de grandes discursos, e também não precisa ser. Poucos meses atrás, durante a pré-temporada no Brasil, Palacios resumiu bem sua forma de contribuir: “Vou continuar sendo quem sempre fui e fazendo as coisas da mesma maneira: trabalhar duro, manter a humildade, ouvir e, acima de tudo, ajudar os jogadores mais jovens sempre que for preciso, dentro e fora de campo. Vou passar adiante a minha experiência, estar sempre disponível para todos, dar o exemplo em campo, me entregar ao máximo e tentar extrair sempre o melhor.”

Parece um bom caminho. Que venham os próximos anos com o Bayer 04, Pala!

notícias relacionadas